A Inseminação Artificial

A inseminação artificial é um processo pelo qual o esperma coletado do macho é processado, estocado e artificialmente introduzido no trato reprodutivo da fêmea para fecundá-la. Tem se tornado uma das mais 
importantes técnicas disponíveis para o melhoramento genético dos animais.

As vantagens da I.A. são:

1. Melhoramento do rebanho em menor tempo e a um custo mais baixo, com sêmen de reprodutores comprovadamente superiores para a produção de leite e carne.
2. Controle de doenças sexuais, que podem ser transmitidas através da monta natural.
3. Cruzamento de touros zebuínos com vacas puras Europeias, ou vice-versa.
4. Aumento do número de descendentes do mesmo touro. Visto que, um touro apenas reproduziria 3 filhotes por ano, por meio de monta natural.
5. Padronização do rebanho.

A Inseminação Artificial mesmo com suas enormes vantagens é uma técnica pouco expandida no contexto da pecuária Brasileira, na qual apenas 10% do rebanho brasileiro é inseminado artificialmente.

Quando Inseminar?
Nos momentos de fertilidade, estes chamado de cio.
Como saber se a fêmea está em cio?
Através das alterações comportamentais do ciclo estral (cio), estas:
- liberando muco;
- urina constantemente;
- vulva inchada e brilhante;
- farejar e lamber animais e até mesmo pessoas;
- repetidas tentativas de saltar sobre membros do rebanho e até mesmo sobre os rufiões;
- caminham bastante, inquietude.
- agrupam-se em torno do rufião ou touro;
- mugir constantemente, podendo até mudar o tom, entre outros;
- aceita a monta

O final do cio é caracterizado pelo momento em que a fêmea recusa ser montada.

Este momento é muito importante para ser observado. É a oportunidade ideal para se depositar o sêmen no aparelho genital da vaca - no início do corpo do útero. É justamente agora que se tem a maior chance de fecundar a vaca pelo processo de Inseminação Artificial.

Existe um esquema montado na I.A. que nunca falha quando há as observações corretas:

As vacas observadas em cio (aceitando monta) pela manhã, deverão ser inseminadas na tarde do mesmo dia.

As vacas observadas em cio à tarde, deverão ser inseminacaodas na manhã do dia seguinte, bem cedo.

O período de Prenhez/Gravidez:
Quando a vaca está prenha logo deparamos com a presença do hormônio Corpo Lúteo no animal. Sim, deparamos não em ver-los, mas no exame de rotina ou na verificação da resposta da Inseminação Artificial.
Se o óvulo for fertilizado, o corpo lúteo será mantido caso contrário ocorrerá a regressão do corpo lúteo terá início uma nova de ovulação.


Bibliografia do post:
http://www.emater.mg.gov.br/doc/intranet/upload/LivrariaVirtual/insemina%C3%A7%C3%A3o%20artificial%20em%20bovinos.pdf
http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc48/03cicloestral.html

PRÉ(parando-se) para o PARTO

O Pré-Parto

Quando estudarmos o Pré-Parto devemos estabelecer uma linha de raciocínio de Quando, Onde, Como e Porque? Sabendo-as, conseguiremos compreender melhor a finalidade deste momento para a qualidade da produção, independente da aptidão do animal (vacas e bois).

No terço final da gestação* (próximo aos 7 meses), onde a velocidade de crescimento do feto é mais acelerado e é de suma importância proporcionar um melhor estado nutricional para favorecer uma condição de parto sadio e fácil, com o melhor leite (colostro) a ser oferecido ao bezerro, além de diminuir o índice de placenta retida no momento do parto.

*termo técnico desejável de ultilização.

LEMBRE-SE: Quando o animal é bem nutrido neste período haverá uma rápida recuperação uterina, reduzindo o tempo de retorno ao cio fértil pós-parto, consequentemente, reduzindo o bom e velho Intervalo entre Partos.

O local adequado para confinar as vacas em estágio final de gestação deve ser um piquete, denominado Maternidade, perto da ordenha, próximo ao curral para melhor observação da(s) mesma(s) em caso de assistência tanto para as fêmeas quanto aos bezerros, desde este período até a parição.

O mesmo deve ser livre de qualquer objeto que possa oferecer riscos para o animal. (pedras, vidro, arame farpado)

Este local é proposto a fim de evitar disputas. → Exemplo →  no momento da alimentação qualquer cabeçada de uma outra fêmea pode atingir o feto, podendo causar problemas aos dois.

Na parte nutricional deve ser oferecido para o animal rações balanceadas que obedeçam a necessidade nutricional para a fêmea e o futuro bezerro. Oferecer em abundância alimentos com alto índice de Matéria Seca (M.S.), ou seja, pastagem/feno/silagem (fontes ricas de Carboidratos) com a  ração concentrada (com 14 á 16% de P.B.) à disposição do animal, aumentará a energia da dieta.

Já o manejo Sanitário é feito mais ou menos 30 dias antes da esperança de parto, com a vacinação contra a manifestação da bactéria pneumoenterite*.

*Caso não haja casos desta doença, a vacina deve ser suspensa pois a mesma merece vacinações rotineiras para o bezerro e vaca mesmo depois do parto. 

A base da conclusão do texto deve ser a partir dos pontos de raciocínio dados de (quando, onde, como e porque).

Tecnicamente e de forma resumida o pré-parto serve para:

1- Aumentar a energia da dieta ;

2- Evitar disputas ;

3- Observar ocorrências obstétricas ;

4- Plano Sanitário

Bibliografias ultilizadas:
Material didático, aulas ministradas por Msc. Valter Barbosa - Professor adjunto ao Colégio Técnico da Universidade Federal  Rural do Rio de Janeiro

DEGASPERI, S. A. R.; PIEKARSKI, P. R. B. Bovinocultura leiteira: planejamento, manejo, instalações. Curitiba: Chain, 1988. 417 p. 

Biblioteca: CTUR

http://www.inseminacaoartificial.com.br/manejo_geral.htm

INTERVALO ENTRE PARTOS (curtos x longos)

O intervalo entre partos é o tempo decorrido entre dois partos consecutivos de uma mesma vaca, vejamos:
  

Meses com as cores respectivas, significam:

       Intervalo entre partos curto   
       Intervalo entre partos médio      
       Intervalo entre partos  longo 

A média de Intervalos entre Partos no Brasil

A média do intervalo entre os partos no Brasil é de 24  meses mas o ideal é que esse intervalo seja de 12 meses, ou seja, um bezerro por ano, por uma vaca em plena idade reprodutiva. Essa redução pode representar um grande aumento na produção de leite e carne. Os principais problemas e causas de Intervalo entre partos longos são:

•  Manejo Alimentar e Sanitário

A alimentação e as condições sanitárias do rebanho são pontos essenciais para melhorar a reprodução das vacas. Um animal bem alimentado tem mais condições de dar cria em menos tempo. E a manutenção dos animais em local limpo e com a vacinação em dia, livra o animal de doenças infecto-contagiosas. O rebanho também deve ter boas condições de pasto e acomodações confortáveis, pra evitar o estresse.

•  Manejo Reprodutivo

A correta identificação do cio também ajuda a aumentar a capacidade reprodutiva dos bovinos. O produtor que maneja o rebanho deve estar atento para reconhecer os sinais característicos do cio. Animais agitados, mugindo muito, cheirando e lambendo uns aos outros podem indicar o cio. Na fêmea, a vulva avermelhada ou presença de muco no períneo, logo abaixo da vulva, e também na cauda também são indicativos de cio. Além disso, devemos preocupação com as DST's que os animais também podem possuir, o acompanhamento de exames de rotina.

• Opções Técnicas

Não ache o estranho o fato de citarmos que o intervalo entre partos deve ser aumentado, afinal, toda regra tem sua exceção, certo? Existem diversos motivos os quais o Intervalo entre partos deve ser repensado, partindo antes de tudo, de um excelente PLANEJAMENTO. Afinal, planejar pode/deverá para o que se quer alcançar.Vejamos os seguintes as opções técnicas: 

 → Exposições Agropecuárias
Em tempos de exposições agropecuárias é indispensável a apresentação de um animal saudável, forte e sadio, por isso devemos prepará-los para isso. 

Nas exposições agropecuárias acontecem... OS Torneios Leiteiros  

Na maioria dos eventos, é encontrado este tipo de competição e é quando o planejamento do Intervalo entre Partos deve ser aumentado. Neste momento, a vaca precisa estar em alto estágio de lactação, associando a genética e manejo (alimentação, reprodução e sanidade) adequadas.

ATENÇÃO: No momento do evento, o animal não pode estar produzindo colostro.

 → Descarte das fêmeas

A decisão de descartar ou manter uma vaca no rebanho baseia-se na expectativa sobre o desempenho na produção de leite desse animal. Deve-se avaliar o histórico da produção do animal, sua genética, aspectos físicos (tetos amputados, vacas com histórico de mamite) tendo como finalidade o aumento dos lucros. Se o animal for bom significa que ela ainda poderá transmitir sues genes de boa qualidade e alta produção para futuras gerações do rebanho.

Vejamos o exemplo a seguir: (OPCIONAL)

Eu tenho duas vacas que já não geram tantos lucros e com alta idade e já não quero-as mais no meu rebanho, elas se chamaram Fafá e Fantasia.

Analisando Fafá:

PERÍODO DE LACTAÇÃO: 8 MESES (240 DIAS)

MÉDIA DE LITROS DE LEITE: 11,8L

*sua queda na produção era de 15% ao mês na média de lactação

Ou seja, sua média de Lactação era de 2832L (240 x 11,8 = 2.832)

média por Intervalo entre Partos: 6,2 L

Analisando Fantasia:

PERÍODO DE LACTAÇÃO: 10 MESES (300 DIAS)

MÉDIA DE LITROS DE LEITE: 13,0L

*sua queda na produção era de 5% ao mês na média de lactação

Ou seja, sua média de Lactação era de 3900L (300 x 13,0 = 3.900)

média por Intervalo entre Partos: 10,0 L

Se analisarmos um rebanho de 100 vacas com as características da vaca Fafá, com um Intervalo entre Partos de 15 meses, e oito meses de lactação teremos no curral, média de 53 vacas produzindo. Se a média por vaca em 240 dias foi de 11,8 litros teremos uma produção diária de 625 litros.

O rebanho com as características da vaca Fantasia com 13 meses de intervalos entre partos e 10 meses de lactação teremos 77 vacas produzindo diariamente.Se a média foi de 13 litros por vaca dia teremos uma produção de 1001 litros por dia. Um rebanho leiteiro com as características da vaca Fantasia daria uma produção diária de 376 litros a mais que um rebanho com as características da vaca Fafá. Uma diferença de 137240 litros por ano.Se o preço médio do leite for de R$ 0,40 centavos por litro teremos uma renda bruta de R$ 54.896,00 a mais por ano.

O rebanho com as características da vaca Fantasia com 13 meses de intervalos entre partos e 10 meses de lactação teremos 77 vacas produzindo diariamente.Se a média foi de 13 litros por vaca dia teremos uma produção de 1001 litros por dia. Um rebanho leiteiro com as características da vaca Fantasia daria uma produção diária de 376 litros a mais que um rebanho com as características da vaca Fafá. Uma diferença de 137240 litros por ano.Se o preço médio do leite for de R$ 0,40 centavos por litro teremos uma renda bruta de R$ 54.896,00 a mais por ano.

Por isso, o produtor deve fazer o controle leiteiro para o descarte correto do animal. O controle leiteiro (a pesagem do leite produzido por cada vaca) esclarece ao produtor a produção de uma vaca durante toda a sua lactação. Determina o que cada vaca contribui para a renda da propriedade. Permite o descarte técnico dos animais de menor produção aumentando a renda liquida do rebanho. 

→ Cota de Leite

É, basicamente, a quantidade de leite que a cooperativa estabelece a receber do produtor definido por uma cota (o quanto será pago por litro de leite dentro da faixa da quantidade estabelecida a entregar para a cooperativa durante um determinado tempo (tempo estabelecido via contrato, de um ano, dois anos etc)). O excedente da quantidade e´chamado de extra-cota (um valor agregado, sem faixas de lucros, quando a quantidade da cota é ultrapassada).

Exemplo: Cota de leite de um produtor de 250L de leite, pagando R$ 0,40 centavos. e a extra-cota R$ 0,06 centavos.

Vamos entender melhor:

Média de Leite produção em diferentes períodos:

Média 01 - Apenas no início período das águas.

Média 02 - Apenas no final do período das águas.

Média 03 - média período da seca.

No gráfico acima, representa-se no eixo y, os níveis de produção (pasto, chuva e leite) dependentes. A produção de Pasto depende do índice Pluviométrico e a produção de leite é totalmente ligada a produção de alimentos as vacas, o pasto. Seguindo o eixo x, representando os meses do ano.

No período de estiagem, a escassez de alimentos afetará a produção de leite.

Não há condições do produtos estabelecer uma média de produção sem antes PLANEJAR o que será feito neste período de seca. Sabemos que a linha de produção de pasto e chuvas não mudará, mas devemos estabelecer soluções para que a média da produção de leite seja estável. 

A separação de alimentos para esta época do ano é indispensável, separação de pastagens/reserva de piquetes, produção de silagem e feno e ração concentrada, tudo sendo, essencialmente, balanceado. Além disso, a concentração de partos/nascimento no inicio e durante a estiagem garantirá a média da lactação desejada.

  Concluindo...

As vantagens de encurtar o intervalo entre partos são o aumento da produção e o maior número de bezerros nascidos ao ano.

 Para ter mais uma noção: (Em um rebanho, independente da finalidade)

-fim!-

Bibliografias do Post

http://www.emater.mg.gov.br/doc/intranet/upload//LivrariaVirtual/mais%20leite%20e%20mais%20bezerros.pdf
http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2008/aumento-da-producao-de-leite-com-a-diminuicao-do-intervalo-entre-partos-em-bovinos-3

PECUÁRIA - RAÇAS

• Raças de Gado de Corte e Leite

→ Gado Europeu (BOS TAURUS TAURUS)
Apresenta pouca tolerância ao calor tropical, e quando exposto ao sol intenso, sã notadas alterações no ritmo respiratório e cardíaco e na temperatura corporal. São menos resistentes aos ecto e endoparasitos e mais exigentes quanto as necessidades nutritivas. O período de gestação é relativamente menor quando comparada com o Zebu, com média 281 dias, para as raças criadas no Brasil.

Red Polled
Hereford ¹
Charolesa ¹
Simental
Aberdeen Angus ¹
Chianina ¹
Marchigiana ¹
Shortorn (Linhagem para Leite e Corte, basta especificar a finalidade que deseja)
Red Lincoln
Carcacu
Pardo Suíço
Guernsey ²
Holandesa ² Preta e Branca / Vermelha e Branca
Schwys ²
Jersey ²

¹ Linhagem totalmente destinada a produção de Carne, sendo inviável a produção de Leite.
² Linhagem totalmente destinada a produção de Leite, sendo inviável a produção de Carne.

→ Gado Zebuíno (BOS INDICUS)
O Zebu apresenta elevada tolerância ao calor tropical, grande resistência aos ecto e endoparasitos, boa capacidade de adaptação ao regime de pasto,e geralmente período de gestação mais longo, com média de 292 dias, para as raças criadas no Brasil.

Guzerá
Gir
Nelore (Com chifres, Preto e Branco / Vermelho e Branco)
Indubrasil
Sindi
Kangayam
Tabapuã (Originário de uma mutação de Nelore chifre de banana)*
Nelore-Mocho
Brahman

* mutação: transformação repentina, hereditária e permanente.